Título: A vida inútil de José Homem
Logo de início se repara na originalidade da linguagem utilizada, supresa agradável, frescura
por vezes ameaçada com a procura de um ou outro termo mais rebuscado.
A repetição obsessiva do defeito anatómico de António, sobretudo na primeira parte da obra,
pareceu-me exagerada.
Mas isto em nada desvaloriza o interesse que a obra me suscitou; uma bela história de amizade
entre um "velho" que se supunha morto por dentro, incapaz de estabelecer qualquer ligação
social a não ser com o seu velho amigo o padre Delfim ( que vai caldeando o seu agnosticismo),
que se vai desfazendo progressivamente de memórias perturbadoras e o pequeno Antonino, refugiado
de guerra de Angola e recolhido na obra do padre.
Este contraste entre o dar-se a Antonino e o apagar-se a si próprio faz prever um desfecho trágico.
As personagens secindárias são também bem caraterizadas, algo perturbadoras às vezes.
Também o recurso a aforismos pouco comuns, muito bem enquadrados, confere mais um nota de
originalidade à obra
por vezes ameaçada com a procura de um ou outro termo mais rebuscado.
A repetição obsessiva do defeito anatómico de António, sobretudo na primeira parte da obra,
pareceu-me exagerada.
Mas isto em nada desvaloriza o interesse que a obra me suscitou; uma bela história de amizade
entre um "velho" que se supunha morto por dentro, incapaz de estabelecer qualquer ligação
social a não ser com o seu velho amigo o padre Delfim ( que vai caldeando o seu agnosticismo),
que se vai desfazendo progressivamente de memórias perturbadoras e o pequeno Antonino, refugiado
de guerra de Angola e recolhido na obra do padre.
Este contraste entre o dar-se a Antonino e o apagar-se a si próprio faz prever um desfecho trágico.
As personagens secindárias são também bem caraterizadas, algo perturbadoras às vezes.
Também o recurso a aforismos pouco comuns, muito bem enquadrados, confere mais um nota de
originalidade à obra
Nome: MP
Grupo de Leitores: BMO
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