12 de novembro de 2014

António Tavares - "As palavras que me deverão guiar um dia"

Autor: António Tavares
Título: "As palavras que me deverão guiar um dia"

BIOGRAFIA

António Tavares (Angola, 1960) formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra. É professor do ensino secundário e, actualmente, exerce o cargo de vicepresidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Escreveu peças para teatro – Trilogia da Arte de Matar, Gémeos 6, O Menino Rei –, estudos e ensaios – Luís Cajão, o Homem e o Escritor; Manuel Fernandes Thomás e a Liberdade de Imprensa; Arquétipos e Mitos da Psicologia Social Figueirense; Redondo Júnior e o Teatro – entre outros.
Foi jornalista, fundador e director do periódico regional A Linha do Oeste. Fundou e coordenou a revista de estudos Litorais.
Como romancista, obteve uma menção honrosa no prémio Alves Redol, atribuída em 2013 pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira ao romance O Tempo Adormeceu sob o Sol da Tarde, ainda no prelo, e foi finalista do Prémio Leya 2013 com As Palavras que me Deverão Guiar um Dia.
 
 
 
SNIPOSE
 
"Romance de uma simplicidade invejável e, ao mesmo tempo, parecendo ter uma biblioteca dentro.
Olhar para trás, para os anos mais importantes das nossas vidas – aqueles que nos tornaram o que hoje somos – nem sempre se revela tarefa fácil; mas o narrador deste romance terno e deslumbrante tem, desde pequeno, um companheiro inseparável que, até certo ponto, facilita as coisas: um caderno de papel pardo com linhas, comprado, ainda nos anos 1960, em Moçâmedes, no qual foi registando – com palavras, desenhos, fios de cabelo, pétalas, sangue, sémen – os episódios que marcaram decisivamente a sua história. Da aprendizagem dos números com a fita métrica da São modista à consciência dos traumas da Guerra Colonial, da iniciação sexual com uma rapariga indiferente a tudo menos aos limões ao preconceito impiedoso dos meios pequenos, da paixão nunca consumada por uma actriz de cinema ao poder cego da censura, da descoberta salvífica dos livros à morte de uma paisagem amigável, as folhas desse caderno abrem-se agora generosamente para nós, e as suas palavras guiar-nos-ão pelos fios de uma narrativa que, sendo a de um só homem, é também a de um Portugal que já desapareceu.
Com uma simplicidade invejável e, ao mesmo tempo, parecendo ter uma biblioteca dentro, "As Palavras Que Me Deverão Guiar Um Dia", finalista do Prémio LeYa em 2013, é um romance de formação tão enternecedor como Cinema Paraíso, só que com livros em vez de filmes."

Boas leituras!