31 de outubro de 2012

Opinião sobre "Demência" de Célia Correia Loureiro

Célia Correia Loureiro - Demência

Desenvolvendo-se essencialmente em torno de um caso de violência doméstica, o tema é aqui tratado com uma tamanha vulgaridade e com relato de desinteressantes e repetidos pormenores que, nada acrescentando à história, tornam o livro banal e fastidioso.

Maria Luzia Pacheco
(Grupo de Leitores da Biblioteca Municipal de Oeiras)

30 de outubro de 2012

Opinião sobre "O teu rosto será o último" de João Ricardo Pedro

João Ricardo Pedro - "O teu rosto será o último"

É um romance com uma estrutura de pequenos episódios, sempre com o mesmo protagonista. Em cada episódio vão aparecendo diferentes personagens, mas todas elas com elos familiares e/ou afectivos. Todas elas vão ajudando a desenredar "o fio da meada" daquela família, naquele tempo.
Uma linguagem cuidada e por vezes cheia de recursos estilo mas também uma linguagem coloquial, fazendo destacar personagens ou situações.

Irene Cardona
(Grupo de Leitores da Biblioteca Municipal de Oeiras)

29 de outubro de 2012

Opinião sobre "O intrínseco de Manolo" de João Rebocho Pais

João Rebocho Pais - "O intrínseco de Manolo"


Portugal, esta pequena aldeia em que se tomam as aparências pela realidade. A vida de cada vizinho, do outro, é sempre um exemplo do que está mal em contradição com aquilo que eu faço, não assumido e tanta vez escondido.

Rouba-se , mente-se, perverte-se,mas  ninguém é pecador, a não ser o outro.  Cá eu nem pensar, os outros ,sim. 

Arnaldo passa por ser um senhor, Manolo por ser corno. Idalina assume a sua escolha  – "Era  porca e pronto. Que se lixasse que se fodesse, que fosse morrer longe a cambada que por  ali crescia como ervas daninhas, a chusma de amorfos feito gente, a manada de falsas puritanas."

Se algum de nós tivesse o poder do narrador, de espreitar verdadeiramente a realidade, seríamos mais capazes de interromper as deliciosas histórias de intriga que nos contam com um  não é bem assim, sabe-se lá se, e até de nos olharmos ao espelho da verdade.

Ninguém é tão magnificamente mau nem maravilhosamente bom. Há sempre um outro lado das coisas. Julgamentos precipitados divertem-nos, à mesa da tasca do Toino ou em assembleias bem frequentadas .

E se há uma moral nesta história, que se conta com toda a ironia e ternura e que amiúde nos é servida em pratos nojentos picados por varejeiras ou cheiro a esgoto de latrina mal-cheirosa, é que nada é o que parece. Todos temos um íntrinseco. E muito poucos lá chegam.

Um hiper-realismo mesclado de apelo melancólico à natureza, seja esta  a azinheira ou a paisagem humana. Num estilo muito apelativo pelas emoções e sensações que provocam no leitor, da nostalgia à repulsa, ao vómito, ao riso e ao sorriso, que remete para o surreal ou  mesmo a estéticas  a que alguns chamariam “da crueldade”. 

Fiquei fã.

Maria João Carrilho
(Grupo de Leitores da Biblioteca Municipal de Oeiras)

25 de outubro de 2012

Opinião sobre "A vida passou por aqui" de Luís Francisco

Luís Francisco - "A vida passou por aqui"

São encontros de vidas cansadas umas, mansas outras. Todas elas em busca de algo que as preencha e realize os seus sonhos.
Luis Francisco surpreende-nos com uma escrita que nos prende e agarra por dentro; é arte que toca e nos seduz.

Augusto Freire Martins
(Grupo de Leitores da Biblioteca Municipal de Oeiras)

24 de outubro de 2012

Opinião sobre "O intrínseco de Manolo" de João Rebocho Pais

João Rebocho Pais - "O intrínseco de Manolo"


Gostei desta escrita! Até o título nos leva a questionar!
A azinheira tem um papel preponderante no íntimo do protagonista. As palavras, melhor os palavrões, não chocam, porque o autor sabe aplicá-los.
Se ainda houvesse dúvidas quanto à qualidade da escrita bastará ler os 2 últimos capítulos, "A família" e "Epílogo" para ficarmos rendidoas a este primeiro romance do João que merece ir apresentá-lo a Chambery.


Maria Aguiar 
(Grupo de Leitores da Biblioteca Municipal de Oeiras)

22 de outubro de 2012

Luís Francisco - A vida passou por aqui

Autor: Luís Francisco
Título: A vida passou por aqui

BIOGRAFIA




Luís Francisco nasceu em 1964. Actualmente, é jornalista do diário Público, tendo trabalhado no Expresso e na RTP. Escreveu guiões para duas longas-metragens, um deles em co-autoria. A Vida Passou por Aqui é a sua estreia na ficção.








SINOPSE


Que relação poderá existir entre um motorista de táxi à beira da reforma, um toxicodependente que rouba carteiras, um arquitecto com mão leve, uma solteirona apostada em fazer o bem ou uma rapariga que disse aos pais que andava na faculdade e, afinal, vive à custa de um homem casado? E entre um pinga-amor sempre agarrado ao telefone, uma mulher que só tem olhos para o filho, um empresário de sucesso a criar barriga e uma mulher-a-dias acusada de um crime que não cometeu? Aparentemente, não existem quaisquer laços entre estas e as outras personagens deste romance, mas a verdade é que os nós são muitos - e quase sempre difíceis de desatar. Numa história com uma construção extremamente original, em que desfilam figuras muito diferentes, mas todas inesquecíveis, A Vida Passou por Aqui é uma espécie de confirmação da teoria do efeito borboleta: porque, na teia que é a vida, sempre que alguém puxa um fio, mesmo sem se dar conta, acaba por embaraçar, mais do que gostaria, as vidas alheias…

16 de outubro de 2012