3 de fevereiro de 2016

Djaimilia Pereira de Almeida "Esse cabelo"

Autor: Djaimilia Pereira de Almeida
Título: Esse cabelo


BIOGRAFIA
Djaimilia Pereira de Almeida nasceu em Luanda em 1982 e cresceu nos arredores de Lisboa. É doutorada em Teoria da Literatura pela Universidade de Lisboa. Em 2013, foi uma das vencedoras do Prémio de Ensaísmo serrote atribuído no Brasil pela revista serrote, do Instituto Moreira Salles. Fundou e dirige a Forma de Vida. Trabalha na Fundação para a Ciência e a Tecnologia.




SINOPSE
A tragicomédia de um cabelo crespo que cruza a história de Portugal e Angola. O que se passa por dentro das cabeças é mais importante do que o que se passa por fora? Falar de cabelos é sempre uma futilidade? Não necessariamente, até porque, segundo a narradora deste texto belo e contundente, «escrever parece-se com pentear uma cabeleira em descanso num busto de esferovite» e visitar salões é uma boa forma de conhecer países, de aprender a distinguir modos e feições e até de detectar preconceitos. Esta é a história de uma menina que aterrou despenteada aos três anos em Lisboa, vinda de Luanda, e das suas memórias privadas ao longo do tempo, porque não somos sempre iguais aos nossos retratos de infância; mas é também a história das origens do seu cabelo crespo, cruzamento das vidas de um comerciante português no Congo, de um pescador albino de M’banza Kongo, de católicas anciãs de Seia, de cristãos-novos maçons de Castelo Branco – uma família que descreveu o caminho entre Portugal e Angola ao longo de quatro gerações com um à-vontade de passageiro frequente. E, assim, ao acompanharmos as aventuras deste cabelo crespo – curto, comprido, amado, odiado, tantas vezes esquecido ou confundido com o abismo mental –, é também à história indirecta da relação entre vários continentes – a uma geopolítica – que inequivocamente assistimos.
Fotos:Booktailors e Leya



































Andréa Zamorano - "A casa das rosas"

Autor: Andréa Zamorano
Título: A casa das rosas


Biografia
Andréa Zamorano já está há tantos anos em Portugal quantos os que viveu no Brasil. Formada em Letras, estudou posteriormente Marketing e é hoje uma empresária de sucesso no ramo da gastronomia. É casada, tem dois filhos e duas enteadas, e vive em Lisboa.


Sinopse
Esta é a história extraordinária de Eulália, uma jovem da classe média de São Paulo. Os inusitados acontecimentos que marcam a sua vida nesse período épico da vida brasileira, entre 1983 e 1984 (a campanha das eleições diretas, marco no combate pela democracia), vão transportar o leitor para um mundo onde realidade e fantasia coexistem e se entrelaçam. Ao longo dessa história, haverá uma mãe desaparecida, um vestido de noiva, um detetive solitário, um jardineiro que sabe demais, um deputado poderoso, um perfume de rosas, uma fuga através da cidade em chamas, um animal que fala, um fantasma que aparece e desaparece, um poeta mexicano que só mais tarde irá surgir nos livros de Roberto Bolaño, um português dono de um boteco em São Paulo - e um final empolgante e inesperado.
A estreia de uma autora brasileira a viver em Portugal há longos anos.
O cruzamento de duas ortografias da mesma língua.


 Fotos: Bertrand



2 de fevereiro de 2016

João Pinto Coelho - "Perguntem a Sarah Gross"

Autor: João Pinto Coelho
Título: Perguntem a Sarah Gross

BIOGRAFIA
João Pinto Coelho nasceu em Londres em 1967. Licenciou-se em Arquitetura em 1992 e viveu a maior parte da sua vida em Lisboa. Passou diversas temporadas nos Estados Unidos, onde chegou a trabalhar num teatro profissional perto de Nova Iorque e dos cenários que evoca neste romance. Em 2009 e 2011 integrou duas ações do Conselho da Europa que tiveram lugar em Auschwitz (Oswiécim), na Polónia, trabalhando de perto com diversos investigadores sobre o Holocausto. No mesmo período, concebeu e implementou o projeto Auschwitz in 1st Per-son/A Letter to Meir Berkovich, que juntou jovens portugueses e polacos e que o levou uma vez mais à Polónia, às ruas de Oswiécim e aos campos de concentração e extermínio. A esse propósito tem realizado diversas intervenções públicas, uma das quais, como orador, na conferência internacional Portugal e o Holocausto, que teve lugar na Fundação Calouste Gulbenkian.



SINOPSE
Fora ali que Sarah Gross aprendera a ser feliz. Mas eles chegaram e mudaram tudo. Até o nome da cidade. Auschwitz?Que raio era Auschwitz?Em 1968, Kimberly Parker, uma jovem professora de Literatura, atravessa os Estados Unidos para ir ensinar no colégio mais elitista da Nova Inglaterra, dirigido por uma mulher carismática e misteriosa chamada Sarah Gross. Foge de um segredo terrível e procura em St. Oswald’s a paz possível com a companhia da exuberante Miranda, o encanto e a sensibilidade de Clement e sobretudo a cumplicidade de Sarah. Mas a verdade persegue Kimberly até ali e, no dia em que toma a decisão que a poderia salvar, uma tragédia abala inesperadamente a instituição centenária, abrindo as portas a um passado avassalador.Nos corredores da universidade ou no apertado gueto de Cracóvia; à sombra dos choupos de Birkenau ou pelas ruas de Auschwitz quando ainda era uma cidade feliz, Kimberly mergulha numa história brutal de dor e sobrevivência para a qual ninguém a preparou. Rigoroso, imaginativo e profundamente cinematográfico, com diálogos magistrais e personagens inesquecíveis, Perguntem a Sarah Gross é um romance trepidante que nos dá a conhecer a cidade que se tornou o mais famoso campo de extermínio da História. Obra finalista do prémio LeYa em 2014.





                                                                                                           Fotos:  DN e Leya

2 de novembro de 2015

Ana Cássia Rebelo - "Ana de amsterdam"

Autor: Ana Cássia Rebelo
Título: Ana de Amsterdam


BIOGRAFIA

Ana Cássia Rebelo trabalha das nove às cinco, como jurista, em Lisboa, numa instituição pública. Às cinco da tarde inicia o segundo turno – cuidar dos filhos –, que se prolonga até por volta das onze da noite: dar banhos, ajudar com os deveres da escola, fazer o jantar. No dia seguinte, de manhã cedo, prepara-lhes o pequeno-almoço, leva-os à escola, regressa ao trabalho. Assim dia a dia, hora a hora, minuto a minuto. A Madalena, o João e o Joaquim são a sua prioridade, a eles se dedica sem restrições e a eles se sacrifica inteiramente, com infinita disponibilidade e amor. Os filhos são os pontos de apoio que lhe regem a existência, é maravilhoso que existam, sente-se feliz quando os tem a seu lado, nada lhe dá mais força; a profissão, por outro lado, garante-lhe a subsistência, permite-lhe aplicar o diploma de licenciada em Direito pela Universidade Católica e dá-lhe um sentido prático da realidade.
 
 
 
SINOPSE      

Do famoso blogue «Ana de Amsterdam» (cujo nome remete para a famosa canção de Chico Buarque), a autora juntamente com o escritor e investigador João Pedro George fizeram uma seleção dos melhores e mais memoráveis textos. Um conjunto coeso que finalmente revela a poderosa e abrasiva voz literária de Ana Cássia Rebelo para lá da blogosfera. O diário íntimo (e ferozmente honesto) de uma mulher dos nossos tempos.
Prefácio de João Pedro George
«Ana interpreta a condição de muitas mulheres que coabitam com a frustração, asfixiadas pela casa, pelos filhos, pelo trabalho, pela falta de apoio. Noutras palavras: pelos preceitos do repugnante machismo, que impede as mulheres de admitirem publicamente que os filhos lhes esmagam as ambições, as capacidades, as forças realizadoras, e as impossibilitam de desenvolverem plenamente as múltiplas facetas da sua personalidade; pela práxis estabelecida, que diz que a mulher deve ser recatada, deve sujeitar-se ao decoro e circunscrever-se à lógica do coração e dos sentimentos; do pudor tradicional, que castiga as mulheres que confessam gozo sexual, indolência, frigidez, tristeza crónica, rotulando-as de grosseiras, indecentes, deselegantes, umas galdérias (se alguns destes textos chocarem a moralidade convencional, diga-se, desde já, bendita seja), e considerando-as inquietantes e irresponsáveis, sem textura moral, um foco de instabilidade e uma ameaça à educação dos jovens.»




Fotos: Bertrand

12 de outubro de 2015

Afonso Reis Cabral - "O meu irmão"

Autor: Afonso Reis Cabral
Título: O meu irmão


BIOGRAFIA

Afonso Reis Cabral nasceu em Lisboa em 1990 e cresceu no Porto. É o quinto de seis irmãos. Escreve desde os 9 anos. Em 2005 publicou o livro Condensação, no qual reuniu poemas escritos até aos 15 anos. Publicou textos em diversos periódicos. Em 2008 ficou em 8.º lugar no 7th European Student Competition in Ancient Greek Language and Literature, entre mais de 3500 concorrentes de 551 escolas europeias e mexicanas. Foi o único português a concorrer.
É licenciado em Estudos Portugueses e Lusófonos pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, tendo recebido o Prémio Mérito e Excelência atribuído ao melhor aluno do curso. Na mesma instituição fez o mestrado em Estudos Portugueses com a dissertação A Orquestra Oculta - Os Estudos da Consciência e a Literatura. Foi bolseiro no Centro de História da Cultura (FCSH-UNL), onde desenvolveu investigação sobre a editora Romano Torres.
Sempre se imaginou a trabalhar na área editorial. Trabalhou como revisor em regime de free-lance e desempenha actualmente as funções de editor.
 
 
 
SINOPSE      

A relação entre dois irmãos, um deles com necessidades especiais, que têm de aprender a viver juntos.
Com a morte dos pais, é preciso decidir com quem fica Miguel, o filho de 40 anos que nasceu com síndrome de Down. É então que o irmão – um professor universitário divorciado e misantropo – surpreende (e até certo ponto alivia) a família, chamando a si a grande responsabilidade. Tem apenas mais um ano do que Miguel, e a recordação do afecto e da cumplicidade que ambos partilharam na infância leva-o a acreditar que a nova situação acabará por resgatá-lo da aridez em que se transformou a sua vida e redimi-lo da culpa por tantos anos de afastamento. Porém, a chegada de Miguel traz problemas inesperados – e o maior de todos chama-se Luciana.
Numa casa de família, situada numa aldeia isolada do interior de Portugal, o leitor assistirá à rememoração da vida em comum destes dois irmãos, incluindo o estranho episódio que ameaçou de forma dramática o seu relacionamento.

O Meu Irmão, vencedor do Prémio LeYa 2014 por unanimidade, é um romance notável e de grande maturidade literária que, tratando o tema sensível da deficiência, nunca cede ao sentimentalismo, oferecendo-nos um retrato social objectivo e muitas vezes até impiedoso.


Fotos: Wook



5 de outubro de 2015

Pré-seleção portuguesa para o Festival do Primeiro Romance de Chambéry de 2016

Fique a conhecer a lista dos títulos da pré-seleção portuguesa para o Festival do Primeiro Romance de Chambéry de 2016.
Nos próximos meses os grupos de leitores das Bibliotecas Municipais de Oeiras vão dedicar as suas sessões à leitura destes títulos. Quem será o autor escolhido?

Autor: Afonso Reis Cabral
Título: O meu irmão









Autor: João Pinto Coelho
Título: Perguntem a Sarah Gross








Autora: Ana Cássia Rebelo
Título: Ana de Amesterdam









Autora: Andréa Zamorano
Título: A casa das rosas






 

Autora: Djaimilia Pereira de Almeida
Título: Esse cabelo